Trem pega fogo no Rio de Janeiro

Um incêndio atingiu, na manhã desta quarta-feira (2), um dos 79 trens obsoletos estacionados no pátio da estação de Japeri, na Baixada Fluminense. As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros, que foi acionado rapidamente. Ninguém ficou ferido.

Segundo a SuperVia, concessionária responsável pelo sistema ferroviário, o trem atingido já era considerado inservível, conforme relatório da Companhia Estadual de Transporte e Logística. Fabricadas entre as décadas de 1970 e 1980, as composições foram desativadas após a remoção de peças essenciais, como cabos e sistemas elétricos, e estavam à espera de leilão.

A causa do incêndio ainda está sendo investigada, mas a principal suspeita é de que tenha sido provocado por vandalismo. O episódio reacende discussões sobre o abandono de material ferroviário e os riscos associados à permanência dessas composições em áreas urbanas.

Trens abandonados e insegurança crescente

A situação dos trens parados no pátio de Japeri preocupa moradores da região. Vagões com portas arrancadas, sinais de uso indevido e presença de lixo e entulho transformaram o espaço em ponto de vulnerabilidade. De acordo com relatos, foram encontrados indícios de consumo de drogas no interior das composições, além de pichações com frases como “viva a maconha”.

“A gente passa e vê gente entrando e saindo desses trens o tempo todo. Não tem controle nenhum”, contou uma moradora que prefere não se identificar.

A SuperVia informou que o trem atingido estava em processo de desvinculação patrimonial e fazia parte de um lote que seria leiloado. A empresa reforçou que o incidente não afetou a operação dos trens em circulação e que medidas de segurança estão sendo reavaliadas.

Abandono com riscos reais

Especialistas em mobilidade urbana e segurança pública alertam que a permanência prolongada desses trens abandonados representa riscos ambientais, sociais e até sanitários. Sem vigilância efetiva, o local pode se tornar ponto de criminalidade e degradação urbana.

Enquanto isso, moradores aguardam providências. “Se não vão usar esses trens, que retirem logo. Do jeito que está, é um perigo para todo mundo”, disse outro morador.

A expectativa agora é que as investigações da SuperVia e das autoridades apontem a origem do incêndio e que medidas mais efetivas sejam adotadas para garantir a segurança na área.

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Bruno Rigacci

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