URGENTE: Moraes prende mais um

A Polícia Civil de Comodoro (MT) prendeu nesta sexta-feira (27) Alan Diego dos Santos Rodrigues, apontado como um dos envolvidos na tentativa de atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, frustrada na véspera do Natal de 2022. A nova ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após parte do inquérito ter sido transferida para a Corte.

Alan Diego estava em liberdade desde julho de 2024, por decisão da Justiça do Distrito Federal, mas foi localizado em sua residência e detido sem resistência.

Além dele, outros dois envolvidos também tiveram mandados de prisão atualizados:

  • George Washington de Oliveira Sousa, considerado o mentor do plano, teve sua pena agravada e será transferido do regime semiaberto para o fechado;

  • O jornalista Wellington Macedo de Souza, preso desde sua extradição do Paraguai, continuará detido na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Plano foi arquitetado em acampamento bolsonarista

As investigações apontam que a tentativa de atentado foi planejada no acampamento montado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Segundo a Polícia Federal, George Washington teria adquirido emulsões explosivas no Pará, montado o artefato e entregue a Alan Diego, responsável por colocá-lo em um caminhão-tanque com destino ao aeroporto.

A bomba, com potencial equivalente ao de dinamite, não chegou a explodir por conta de uma falha técnica, evitando uma tragédia de grandes proporções.

Na ocasião da primeira prisão, em 24 de dezembro de 2022, George Washington foi encontrado com um arsenal de armas e explosivos em um apartamento alugado na capital federal. Já Alan se entregou em janeiro de 2023 e foi posteriormente transferido para Brasília.

Moraes equipara caso aos atos de 8 de janeiro

Na nova decisão, o ministro Alexandre de Moraes comparou a gravidade do atentado frustrado às ações dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas em Brasília.

Segundo Moraes, o plano da bomba visava provocar o caos e justificar uma intervenção militar, o que configura crime contra o Estado Democrático de Direito. O trio já havia sido condenado em primeira instância por outros crimes relacionados, mas ainda respondem por novas acusações, agora sob competência do STF.

As novas prisões representam um avanço nas investigações de ações extremistas organizadas, e reforçam a estratégia do Supremo de tratar esses atos como ameaças à democracia brasileira.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies