URGENTE: Suprema Corte ordena a prisão de aliada de Lula

A Suprema Corte de Justiça da Argentina determinou nesta terça-feira (10) a prisão da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, após rejeitar o último recurso da defesa que buscava anular sua condenação a seis anos de prisão e inelegibilidade política vitalícia por corrupção.

Cristina, que tem 71 anos, poderá solicitar a conversão da pena para prisão domiciliar, conforme prevê a legislação argentina para réus com mais de 70 anos. Ela tem até cinco dias úteis para se apresentar voluntariamente às autoridades judiciais.

A condenação, confirmada agora pela mais alta instância do Judiciário argentino, está relacionada a um esquema de favorecimento ao empresário Lázaro Báez, amigo próximo da família Kirchner, durante seus dois mandatos presidenciais (2007–2015). Segundo o Ministério Público, Báez venceu 51 licitações públicas por meio de fraudes e superfaturamentos, em um processo que teria causado prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão aos cofres públicos. Parte dos recursos desviados teria retornado em benefício pessoal para Cristina, seu falecido marido Néstor Kirchner e empresas da família.

O caso tramitou por mais de uma década e passou por duas instâncias antes de chegar à Suprema Corte, que decidiu, por unanimidade, rejeitar o recurso apresentado pela defesa. Com isso, esgotam-se as possibilidades de reversão do veredito dentro da Justiça argentina.

Reações políticas

O presidente Javier Milei celebrou a decisão como um marco histórico no combate à corrupção no país. Em nota oficial, afirmou:

“Hoje é um dia de vitória para a Justiça e para todos os argentinos que acreditam na igualdade perante a lei. O fim da impunidade dos poderosos é essencial para reconstruirmos a confiança nas instituições.”

Cristina Kirchner ainda não se pronunciou publicamente sobre a decisão da Corte.

Trajetória política

Cristina Fernández de Kirchner governou a Argentina entre 2007 e 2015, sucedendo seu marido, Néstor Kirchner. Em 2019, retornou ao poder como vice-presidente durante o governo de Alberto Fernández, cargo que ocupou até o final de 2023. Ao longo dos anos, foi uma figura central na política argentina, admirada por setores da esquerda e criticada por opositores devido às denúncias de corrupção e práticas clientelistas.

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Bruno Rigacci

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