Só vem bomba de Lula: Fila do INSS é 4 vezes maior do que o número oficial e ultrapassa 10 milhões de pedidos
Um levantamento divulgado pela TV Globo revelou que a verdadeira fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é muito maior do que o governo admite oficialmente. Enquanto os dados divulgados em março pelo próprio INSS apontavam cerca de 2,7 milhões de pedidos pendentes, documentos internos obtidos pela emissora mostram que o número real ultrapassa 10,1 milhões de solicitações, incluindo mais de 7 milhões de processos fora da contagem oficial.
O total inclui pedidos de aposentadorias, pensões, auxílio-reclusão, salário-maternidade, benefícios por incapacidade e assistenciais, além de recursos, revisões, correções de dados cadastrais e processos sob suspeita de irregularidade — todos fora do escopo da fila divulgada mensalmente pelo governo.
Sistema congestionado: 468 dias de espera
O tempo médio para a análise e solução dos pedidos é alarmante: 468 dias, ou seja, mais de um ano. Entre as categorias que compõem a fila oficial, o benefício por incapacidade concentra o maior número de processos, com quase 1,4 milhão de pessoas à espera. O tempo médio de espera nesta categoria é de 62 dias, considerado um dos mais “rápidos” entre os registros, embora ainda longe do ideal.
Os dados mostram que todas as 38 categorias de benefícios do INSS enfrentam represamento, indicando um colapso generalizado no sistema previdenciário.
Consequências sociais e econômicas
A lentidão na análise dos processos tem impacto direto na vida de milhões de brasileiros, especialmente entre os mais vulneráveis. Pessoas doentes, idosos e mães que dependem de auxílios básicos são obrigadas a esperar por meses — e, em muitos casos, por mais de um ano — para ter acesso a um direito garantido por lei.
Especialistas em previdência alertam que o volume oculto de pedidos pode representar não apenas uma crise operacional, mas também jurídica e ética, à medida que o Estado falha em oferecer resposta dentro de prazos razoáveis.
Resposta do governo
Até o momento, o Ministério da Previdência e o INSS não se pronunciaram oficialmente sobre a revelação do número real de processos parados. Nos últimos meses, o governo anunciou medidas para tentar reduzir a fila, como a contratação de servidores temporários e o uso de inteligência artificial para triagem de processos, mas os efeitos ainda não são visíveis.
Parlamentares da oposição e até da base aliada cobram maior transparência e eficiência no enfrentamento do problema. A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados já discute a convocação de representantes do INSS para esclarecimentos.
