Bolsonaro sobre Michelle em 2026: “Não posso bater o martelo”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta quarta-feira (14) a possibilidade de sua esposa, Michelle Bolsonaro, disputar a Presidência da República em seu lugar, caso ele não consiga reverter sua inelegibilidade. Em entrevista ao portal UOL, Bolsonaro afirmou que Michelle tem “carinho de uma parte considerável da população”, embora tenha ressaltado que “não pode bater o martelo agora”.
“A Michelle não pediu para entrar nas pesquisas, botaram o nome dela e ela tem aparecido na frente do Lula. Quem é a Michelle? É uma pessoa que foi exemplar como primeira-dama. É uma mulher, fala bem, é evangélica, então tem o carinho de uma parte considerável da população”, disse Bolsonaro.
Michelle tem ganhado visibilidade dentro e fora do PL desde o fim do mandato presidencial. Atual presidente do PL Mulher, ela tem intensificado sua presença em eventos e viagens pelo país, o que reforça especulações sobre uma possível candidatura em 2026.
Eduardo Bolsonaro também é citado como possível nome
Além de Michelle, o ex-presidente mencionou o nome do filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente licenciado do cargo de deputado federal e morando temporariamente nos Estados Unidos. Bolsonaro afirmou que Eduardo também tem aparecido em sondagens eleitorais.
“O outro é o Eduardo, que está nos Estados Unidos, que aparece em pesquisas por aí também, perdendo para o Lula, mas aparece. Tem muito tempo até lá. Eu não posso bater o martelo agora.”
Apesar de estar fora do jogo eleitoral por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o declarou inelegível até 2030, Bolsonaro reafirmou sua intenção de seguir lutando pela reversão da sentença, inclusive com apoio de aliados.
Críticas a Moraes e defesa de apoio político
Na entrevista, o ex-presidente voltou a criticar o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, acusando-o de perseguição judicial e comparando sua situação ao que chamou de “lawfare” (uso do sistema judicial para fins políticos).
“Costumo dizer: eleição sem meu nome na chapa é negação da democracia. Isso que Alexandre de Moraes faz lá fora é conhecido como lawfare. Romênia, França, Estados Unidos. É para tirar de combate.”
Bolsonaro também disse esperar mais posicionamentos públicos por parte de governadores e lideranças da direita, pedindo que questionem a validade das decisões judiciais que o impedem de se candidatar.
Enquanto não há definição sobre sua situação jurídica, o cenário segue em aberto dentro do campo bolsonarista, com nomes como Michelle e Eduardo sendo testados como possíveis alternativas para 2026.