Veja quando STF ouvirá testemunhas do núcleo Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para este mês as oitivas das testemunhas no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após a eleição de 2022. O cronograma começa no próximo dia 19 de maio e se estende até o início de junho, com depoimentos de testemunhas tanto da acusação quanto da defesa.

As oitivas dizem respeito ao chamado “núcleo 1” da investigação, que reúne nomes considerados “cruciais” pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Estão entre os réus:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;

  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;

  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens;

  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

  • Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

A primeira audiência será no dia 19 de maio, às 15h, com as testemunhas de acusação. Todos os depoimentos ocorrerão por videoconferência.

Entre os nomes que prestarão depoimento estão figuras políticas e militares de alto escalão, como Ibaneis Rocha (governador do DF), Marco Antônio Freire Gomes (ex-comandante do Exército) e Carlos de Almeida Baptista Júnior (ex-comandante da Aeronáutica).

As datas subsequentes serão dedicadas a testemunhas específicas dos réus. Destacam-se:

  • 22/5 – Testemunhas de Mauro Cid;

  • 23/5 – Defesas de Ramagem, Braga Netto, Heleno e Garnier;

  • 26 a 30/5 – Extensa lista de testemunhas de Anderson Torres e Jair Bolsonaro, incluindo Paulo Guedes, Ciro Nogueira, Tarcísio de Freitas, Eduardo Pazuello e Rogério Marinho;

  • 02/6 – Últimos depoimentos agendados.

A série de oitivas ocorre no contexto do inquérito que apura se houve articulação de setores do governo e das Forças Armadas para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito em 2022. O processo é considerado um dos mais delicados e complexos em curso no STF.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies