Os sete governadores chamados para debater a PEC da Segurança

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Mendonça Filho (União-PE), convidou sete governadores para debater o tema com os parlamentares. A maioria dos nomes escolhidos é composta por gestores alinhados à oposição do governo federal.

Entre os convidados, quatro são governadores associados a campos políticos de direita ou centro-direita: Eduardo Leite (PSDB-RS), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ) e Ronaldo Caiado (União-GO). Já entre os governadores próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram convidados Jerônimo Rodrigues (PT-BA), Raquel Lyra (PSDB-PE) e Hélder Barbalho (MDB-PA), configurando uma divisão de 4 a 3 a favor da oposição.

Mendonça Filho justificou os convites afirmando que a escolha dos nomes levou em consideração a necessidade de garantir representatividade regional e pluralidade partidária no debate. “Considerando as significativas alterações propostas, é indispensável que sejam ouvidos governadores que representem as regiões brasileiras e o pluripartidarismo do nosso sistema, uma vez que estes gestores serão os mais impactados pelas reformas em debate”, escreveu o relator no ofício enviado.

O deputado também ressaltou que optou por convidar dois governadores do Nordeste e dois do Sudeste — regiões com maior densidade populacional — como forma de equilibrar o peso regional nas discussões.

Apesar de estar na oposição, Mendonça Filho tem mantido bom diálogo com o governo federal. Segundo interlocutores do Ministério da Justiça, o ministro Ricardo Lewandowski recebeu positivamente sua nomeação como relator da PEC. Avalia-se que o deputado tem experiência, perfil técnico e boa interlocução com a pasta e outros setores do Executivo.

Mendonça Filho foi ministro da Educação no governo Michel Temer (MDB) e é considerado um nome pragmático dentro do União Brasil, o que pode facilitar negociações em torno da PEC, que deve mexer em estruturas da segurança pública com impacto direto sobre estados e União.

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Bruno Rigacci

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