PF faz operação contra suspeito de esquema de pirâmide que arrecadou R$ 1,6 bilhão em criptoativos

A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira (30) ao menos 11 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Douver Torres Braga, 48 anos, apontado como o principal responsável por um esquema internacional de pirâmide financeira que teria causado prejuízos bilionários a investidores ao redor do mundo.

Braga está atualmente preso nos Estados Unidos, após ter sido extraditado da Suíça por meio de ação da Interpol. Segundo as autoridades norte-americanas, ele teria lesado mais de 100 mil pessoas através da Trade Coin Club, empresa criada por ele para operar o esquema fraudulento.

O golpe é caracterizado como uma operação do tipo Ponzi — em que os lucros pagos aos investidores antigos são sustentados com os aportes de novos participantes, sem que haja um investimento real.

Esquema funcionou entre 2016 e 2018

De acordo com as investigações, o esquema foi conduzido entre dezembro de 2016 e maio de 2018, período em que a Trade Coin Club prometia lucros extraordinários com investimentos em criptomoedas. As promessas de retornos altos e rápidos atraíram milhares de investidores em diversos países, mas o modelo desmoronou quando os pagamentos começaram a atrasar e o dinheiro deixou de circular.

O total arrecadado por Braga e seus associados, segundo estimativas da PF, é de aproximadamente R$ 1,6 bilhão.

Operação internacional

A ação desta quarta-feira contou com apoio de três importantes agências dos Estados Unidos: o FBI (Federal Bureau of Investigation), o HSI (Homeland Security Investigations) e o IRS-CI (Internal Revenue Service Criminal Investigation), responsáveis por rastrear ativos, identificar vítimas e colaborar com o compartilhamento de provas internacionais.

A Polícia Federal segue com as diligências para identificar outros envolvidos e localizar valores ocultos do esquema. Parte do dinheiro desviado pode ter sido convertido em criptoativos e transferido para paraísos fiscais.

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Bruno Rigacci

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