Presídio onde Fernando Collor está preso está superlotado, diz relatório
O ex-presidente Fernando Collor de Mello está preso desde a última sexta-feira (25) no presídio Baldomero Cavalcante de Oliveira, em Maceió (AL). A unidade prisional enfrenta superlotação, segundo relatório da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas.
O presídio tem capacidade para 892 detentos, mas abriga atualmente 1.321 presos — sendo 1.213 condenados e 108 provisórios. O excedente é de 429 internos, o que representa uma taxa de ocupação cerca de 48% acima do limite previsto.
Apesar da situação crítica na unidade, Collor está em uma ala especial, reservada a detentos com prerrogativas específicas, como ex-autoridades. A ala dispõe de 20 celas com suítes, garantindo condições diferenciadas de custódia por conta de seu status como ex-presidente da República.
Prisão após condenação no STF
Collor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um esquema relacionado à BR Distribuidora. O ministro Alexandre de Moraes determinou o início imediato do cumprimento da pena após a rejeição dos recursos apresentados pela defesa.
A defesa do ex-presidente entrou com pedido para que ele cumpra a pena em prisão domiciliar, alegando problemas de saúde, como Parkinson e transtorno bipolar. A solicitação ainda será analisada.