Desaprovação de Lula dispara e atinge maior nível em 8 meses

A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 57,4% em abril de 2024, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Paraná Pesquisas. Trata-se do pior índice registrado desde o início do mandato, superando os 55% de fevereiro e os 40,1% de agosto de 2023. O crescimento da rejeição acende um sinal de alerta no Palácio do Planalto, especialmente diante da proximidade das articulações para as eleições presidenciais de 2026.

Desgaste é generalizado e afeta todas as regiões do país

O levantamento mostra que o desgaste da imagem do governo é nacional, com reprovação crescendo em todas as regiões. As maiores taxas foram registradas no Centro-Oeste e Norte, com 66,7% de desaprovação, seguidas pelo Sul (62,9%) e Sudeste (60,1%). No Nordeste, região historicamente favorável ao PT, a desaprovação também é elevada, chegando a 45,5%.

Aprovação em queda e percepção negativa se intensifica

Apenas 39,2% dos entrevistados afirmam aprovar o governo. Outros 3,4% não souberam ou não quiseram responder. Em relação à avaliação qualitativa da administração:

7,8% consideram o governo ótimo
18,8% avaliam como bom
24,4% acham regular
11,3% classificam como ruim
36,7% consideram péssimo

O número dos que julgam o governo “péssimo” subiu em relação ao levantamento anterior, indicando insatisfação crescente com os rumos da gestão petista, marcada por entraves econômicos, baixa popularidade de algumas reformas e dificuldades em consolidar uma base sólida no Congresso Nacional.

Simulações para 2026: Lula atrás de Bolsonaro

Além da avaliação de governo, o Instituto Paraná Pesquisas também testou cenários eleitorais para a disputa presidencial de 2026. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo afastado temporariamente da política por decisão judicial, aparece à frente de Lula em um eventual segundo turno:

Bolsonaro x Lula: 44,4% x 38,8%
Michelle Bolsonaro x Lula: 42,0% x 41,4% (empate técnico)
Tarcísio de Freitas x Lula: 41,2% x 40,3% (empate técnico)

No primeiro turno, Lula aparece atrás de Bolsonaro, empata com Michelle Bolsonaro e vence Tarcísio de Freitas por uma margem apertada, o que evidencia o enfraquecimento do apoio popular, mesmo com os esforços do governo em impulsionar programas sociais e ampliar o diálogo com o Congresso.