Ministério Público denuncia Marçal por ataque citando pai de Tabata

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou nesta segunda-feira (14) uma denúncia contra o empresário e ex-pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, por declarações feitas contra a deputada federal Tabata Amaral durante uma entrevista em podcast no período pré-eleitoral de 2024.

Segundo a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Eleitoral Cleber Rogério Masson, Marçal teria cometido o crime de difamação com fins eleitorais, ao relacionar publicamente a ida de Tabata para a Universidade de Harvard ao falecimento de seu pai, insinuando abandono familiar em um momento delicado.

O episódio citado ocorreu em 4 de julho de 2024, quando ambos eram pré-candidatos à Prefeitura da capital paulista. No podcast, que gerou ampla repercussão e já ultrapassa 850 mil visualizações, Marçal afirmou:

“Eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou ele e ele deixou o alcoolismo. O pai dela, ela foi para Harvard e o pai dela acabou morrendo. Igual imagino o que ela pode fazer com o povo de São Paulo.”

A Promotoria entende que a fala teve o objetivo claro de abalar a imagem pública de Tabata Amaral junto ao eleitorado, tentando desqualificá-la emocionalmente e moralmente para o cargo em disputa. De acordo com o MPSP, trata-se de uma tentativa de “angariar votos em seu favor” por meio de ofensa pessoal e exposição sensacionalista da vida privada da deputada.

“Marçal imputou fato ofensivo à reputação da parlamentar, visando a fins de propaganda eleitoral negativa, conduta vedada pela legislação eleitoral”, diz trecho da denúncia.

Além disso, o Ministério Público destacou a ampla circulação das declarações, tanto na imprensa quanto nas redes sociais, como agravante do impacto causado.

Procurada, a assessoria de Tabata Amaral informou que a parlamentar está focada no exercício do mandato e confia na Justiça Eleitoral para o devido tratamento do caso. Pablo Marçal ainda não se pronunciou oficialmente sobre a denúncia até o momento.

Caso a Justiça aceite a denúncia, Marçal poderá responder por difamação com finalidade eleitoral, crime que prevê pena de detenção e multa.

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Bruno Rigacci

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