Trump afirma que USAID pode ser o maior escândalo da história

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez graves acusações contra a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), alegando que a agência desviou bilhões de dólares, parte dos quais seriam usados para financiar coberturas midiáticas favoráveis ao Partido Democrata. Trump, em publicações feitas na plataforma Truth Social, afirmou que o jornal Politico recebeu US$ 8 milhões em financiamento, sugerindo que outros veículos, como The New York Times, também poderiam ter sido beneficiados. Trump qualificou o caso como “talvez o maior escândalo da história” e anunciou a intenção de investigar profundamente os gastos da agência.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que a USAID gastou milhões em assinaturas do Politico Pro, um serviço de rastreamento legislativo, e anunciou o cancelamento desses pagamentos. Isso gerou um grande debate sobre o uso dos recursos da agência e seus vínculos com o setor de mídia.

Impacto das Acusações e Críticas a USAID

A USAID, que foi fundada em 1961, é uma das maiores agências de ajuda internacional dos EUA, com um orçamento anual em torno de US$ 60 bilhões. A agência opera em mais de 100 países, promovendo programas de assistência econômica, alimentar e médica. No entanto, Trump e Elon Musk, que lidera o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), têm criticado a USAID por supostamente promover uma “agenda liberal” e desperdiçar recursos com iniciativas que, segundo eles, não atendem aos interesses dos Estados Unidos. Musk chegou a chamar a agência de “organização criminosa” e defendeu sua desintegração.

Marco Rubio, secretário de Estado interino, assumiu o comando da USAID e anunciou planos para reformular a agência, buscando alinhar seus investimentos com os interesses nacionais dos EUA. No entanto, o congelamento de repasses afetou diversos programas, incluindo iniciativas de saúde pública, como estudos sobre HIV na África do Sul.

Reações e Desdobramentos das Acusações

As acusações de Trump geraram reações divididas. Enquanto muitos conservadores apoiaram a proposta de investigação, veículos de mídia como Politico e CNN negaram que receberam subsídios governamentais, tratando as alegações como “teorias da conspiração”. O Politico afirmou que a maior parte de suas assinaturas vem de clientes do setor privado, e não de agências governamentais. Por outro lado, Samantha Power, ex-diretora da USAID, criticou as propostas de desmantelamento da agência, alertando que isso poderia comprometer a segurança nacional dos EUA e prejudicar sua capacidade de influenciar globalmente.

O governo Trump manteve sua postura de congelamento de ajuda externa, ordenando o retorno de funcionários da USAID ao país. As tensões em torno da USAID e suas práticas continuam, com o futuro da agência agora incerto, considerando tanto a possibilidade de uma reforma profunda quanto o desmantelamento completo.

Conclusão e Perspectivas Futuras

As acusações de Trump contra a USAID refletem uma disputa política mais ampla, que transcende a gestão de recursos e envolve divisões ideológicas no país. A proposta de realinhar a agência de acordo com a política “America First” do governo Trump levanta preocupações sobre o impacto que isso pode ter em países dependentes de ajuda humanitária. O futuro da USAID está em aberto, com diferentes perspectivas sobre uma possível reformulação ou seu fechamento. O debate sobre o papel da agência e sua relação com a mídia continua a ser um ponto de controvérsia, evidenciando as divisões políticas e ideológicas no cenário atual dos Estados Unidos.

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Bruno Rigacci

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