Cabeleireira presa por manchar Estátua da Justiça pede desculpas
O caso de Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira de 38 anos, continua a gerar controvérsias e debates sobre justiça, política e direitos humanos no Brasil. Débora foi presa em março de 2023 após escrever a frase “Perdeu, mané” na Estátua da Justiça, localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), durante os tumultos de 8 de janeiro de 2023. O ato foi interpretado como um protesto político, especialmente devido à relação com uma declaração do ministro Luís Roberto Barroso, que foi amplamente citada entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Desde sua prisão, Débora enfrenta acusações graves, como associação criminosa e dano qualificado. Apesar de ter expressado arrependimento em uma carta e de pedir desculpas pelo ocorrido, a defesa argumenta que a prisão preventiva dela já excede o prazo razoável e que ela poderia ser liberada para cumprir a pena em prisão domiciliar devido à presença de filhos menores. Contudo, todos os pedidos de liberação foram negados pelo STF, e o ministro Alexandre de Moraes tem sido o responsável pela decisão.
A situação de Débora gerou uma ampla repercussão, com algumas pessoas defendendo a responsabilização por atos de vandalismo, enquanto outras criticam a prisão, considerando-a um exemplo de excessos judiciais e uma possível perseguição política. Além disso, a separação de Débora de seus filhos tem sido destacada como um fator que intensifica o impacto emocional da situação, com apelos feitos pelos próprios filhos para que a mãe seja liberada.
O caso continua a ser monitorado por defensores dos direitos humanos e reflete as tensões políticas e sociais intensificadas no Brasil. A prisão de Débora também coloca em questão o equilíbrio entre a responsabilização por atos de vandalismo e a proteção dos direitos individuais, como a liberdade e o devido processo legal.