Uma inesperada e corajosa homenagem a presos pelo 8 de janeiro

O microfilme produzido pela deputada Carla Zambelli, com o apoio de sua equipe de gabinete, foi uma tentativa de abordar e reinterpretar os acontecimentos do 8 de janeiro de 2023, com uma perspectiva que enfatiza o contexto histórico de manifestações no Brasil, especialmente aquelas associadas à esquerda. O vídeo começa com imagens de eventos passados, como as manifestações de 2013 e 2016, onde houve atos de depredação e incêndios em prédios públicos, associando essas ações a movimentos de esquerda. Ele faz uma comparação irônica ao titular as cenas de 2016 como uma “manifestação democrática” e destaca que, na época, não houve prisões.

O microfilme então segue mostrando cenas do 8 de janeiro de 2023, destacando os momentos de tensão em Brasília, com patriotas orando em frente ao quartel e manifestantes tentando impedir vândalos. O vídeo, conforme narrado por Carla Zambelli, aponta que muitos dos manifestantes foram presos sem uma ordem judicial formal, e critica o tratamento dado aos envolvidos, citando especificamente o caso de “Clezão”, um dos presos que faleceu enquanto aguardava julgamento.

A deputada justifica a produção do vídeo como uma forma de combater o que considera serem narrativas ideológicas que tentam reescrever a história do Brasil. Ela exalta figuras como Clezão, caracterizando-o como um pai de família que lutava pelo país e merece ser lembrado positivamente nos livros de história.

Além disso, o filme parece buscar uma reflexão sobre o impacto dos eventos de 8 de janeiro na política brasileira, sugerindo que as ações após o ocorrido mudaram profundamente o rumo do país. Por fim, a deputada faz referência a ameaças de prisão feitas pelo ministro Alexandre de Moraes a quem ousasse comemorar o 8 de janeiro, colocando a data como um marco para discussões sobre a liberdade de expressão e as tensões políticas no Brasil.

O vídeo de Zambelli reflete o ambiente polarizado e as diferentes interpretações sobre os eventos daquele dia, estimulando debates intensos sobre o papel das manifestações, a liberdade política e as narrativas oficiais sobre o que ocorreu em 2023.

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Bruno Rigacci

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