O inesperado voto de Nunes Marques na ação que poderia acabar com a perseguição contra Bolsonaro

O ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela manutenção de Alexandre de Moraes como relator do inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, o que reforçou a tendência de rejeição à ação movida pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nunes Marques se juntou a outros oito ministros que já haviam votado contra a proposta de afastamento de Moraes da relatoria, ampliando a maioria contra a defesa de Bolsonaro.

O julgamento, que teve início em 6 de dezembro, ocorre no plenário virtual da Corte e já está em seus momentos finais, com a expectativa agora voltada para o voto do ministro André Mendonça. O questionamento que paira é se Mendonça, indicado por Bolsonaro, seguirá a linha da maioria ou se adotará uma postura diferente, alinhando-se ao posicionamento da defesa do ex-presidente.

A decisão de Nunes Marques foi recebida com críticas por alguns, que acusam o ministro de ceder a pressões políticas, refletindo a crescente polarização nas decisões do STF. Para críticos, a postura de Nunes Marques poderia ser vista como uma forma de subordinação ao “sistema”, que, na visão deles, busca garantir um controle mais rígido sobre as investigações e processos envolvendo o ex-presidente e outros aliados políticos.

O julgamento está prestes a ser concluído, e com isso, a manutenção de Moraes na relatoria do caso será praticamente garantida. A decisão final sobre o afastamento de Moraes, portanto, dependerá agora do voto de Mendonça, o último ministro a se manifestar.

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Bruno Rigacci

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