Depois do tombo, só o tempo poderia dizer a real situação de Lula e as sequelas graves

Com quase 80 anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou simplesmente Lula, atravessa uma fase delicada da vida, marcada pelo envelhecimento e pelas limitações naturais da idade avançada. A sua queda no banheiro, em outubro de 2023, gerou preocupação e levantou questionamentos sobre o impacto que esse tipo de incidente pode ter em uma pessoa idosa. No entanto, para aqueles que já presenciaram ou viveram situações semelhantes com pessoas idosas, não é possível simplesmente tratar a queda como um “acidente doméstico” qualquer.

O jornalista Ricardo Kertzman, em um texto publicado no site O Antagonista, fez uma reflexão importante sobre o incidente, destacando que a simples queda de um idoso não pode ser vista como algo trivial. “Não sou médico. Mas não é preciso ser neurologista, ortopedista ou geriatra, para pressupor que a queda do presidente Lula não foi nem será apenas um ‘simples acidente doméstico’ sem qualquer repercussão”, escreveu Kertzman. Ele seguiu explicando que, embora não tenha intenções de desejar mal à saúde do presidente, sua análise empírica sobre o tema, baseada na experiência com a saúde de seus próprios pais, sugere que quedas na terceira idade podem ter consequências sérias e duradouras.

Kertzman faz uma comparação com sua mãe, que, com a mesma idade de Lula na época do tombo, viu sua saúde se deteriorar após um acidente doméstico. “Outros casos próximos a mim me mostraram que não foi apenas com minha mãe o declínio acelerado da saúde após um tombo sério. Quem já passou, ou conviveu com isso, sabe muito bem do que estou falando”, afirmou o jornalista, destacando o risco que uma queda pode representar para pessoas idosas.

O envelhecimento traz consigo uma série de desafios físicos e cognitivos, e, para muitas pessoas, um tombo pode ser o gatilho para um declínio acentuado. A queda de Lula pode ser mais do que um simples evento isolado. Ela pode indicar um agravamento da sua saúde e uma tendência de dificuldades crescentes à medida que o tempo avança. Kertzman reforça que, em casos como o de Lula, “o corriqueiro indica que terá cada vez mais dificuldades físicas e cognitivas daqui em diante”.

É importante destacar que o envelhecimento é um processo natural e que cada pessoa o vivencia de maneira única. No entanto, para indivíduos com mais de 70 anos, a preocupação com a saúde física e mental nunca deve ser subestimada. O tempo será o grande juiz da verdadeira situação de Lula, mas, enquanto isso, os cuidados e a atenção à sua saúde devem ser prioridade.

Se a queda foi apenas um acidente doméstico ou se ela será um marco no processo de envelhecimento do presidente, somente o tempo poderá responder. Contudo, a reflexão de Kertzman nos lembra que, para idosos, a queda de fato pode ser mais do que um mero incidente: pode ser um sinal de algo mais profundo.

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Bruno Rigacci

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