Coreia do Sul: ministro do Interior renuncia em meio a crise

O governo da Coreia do Sul enfrenta uma crise política significativa após a tentativa de decretar lei marcial pelo presidente Yoon Suk Yeol, o que levou à renúncia do ministro do Interior, Lee Sang-min, no domingo (8/12). Lee Sang-min apresentou sua renúncia em meio a um crescente mal-estar no governo, um dia após a apresentação de um novo pedido de impeachment contra Yoon, que deve ser votado na terça-feira, 10/12.

Contexto da Crise Política

A crise se intensificou após o presidente Yoon Suk Yeol decretar, na última terça-feira (3/12), a lei marcial. O governo alegou que essa medida era necessária para “limpar elementos pró-Coreia do Norte” no país, desencadeando um forte confronto entre manifestantes e forças de segurança. O movimento gerou protestos massivos, incluindo manifestantes que se opuseram à medida e pediram a revogação do decreto.

Após a reação negativa do Parlamento e da sociedade, a lei marcial foi revogada em uma votação unânime no Parlamento sul-coreano, que derrubou a medida. O presidente Yoon Suk Yeol pediu desculpas publicamente no dia 6 de dezembro, afirmando que a decisão foi equivocada e reconhecendo o impacto negativo da ação sobre a população.

Renúncia de Lee Sang-min

Lee Sang-min, o ministro do Interior, foi um dos principais defensores da lei marcial. Ele chegou a afirmar que a medida de Yoon foi tomada dentro dos limites da Constituição e da lei. Sua renúncia foi vista como uma tentativa de minimizar a pressão sobre o governo e distanciar o executivo da crise que tomou proporções inesperadas. O afastamento de Lee ocorre em um momento delicado para o governo, que já enfrenta instabilidade política e uma crescente onda de descontentamento popular.

Impeachment de Yoon Suk Yeol

O presidente Yoon, que já havia enfrentado críticas por outras questões políticas e econômicas, viu sua permanência no poder ainda mais questionada após a decisão de decretar a lei marcial. Embora um pedido de impeachment tenha sido apresentado e barrado pelo Parlamento governista na sexta-feira (7/12), a crise política continua. Parlamentares aliados ao governo recusaram-se a votar o pedido, mas a situação permanece tensa, com a votação do impeachment programada para a próxima terça-feira (10/12).

Resumo dos Principais Acontecimentos:

  • Renúncia do ministro Lee Sang-min (8/12) após a crise gerada pela tentativa de lei marcial.
  • Pedido de impeachment de Yoon Suk Yeol foi apresentado e será votado no dia 10/12.
  • Decreto de lei marcial foi emitido por Yoon em 3/12, alegando a necessidade de eliminar elementos pró-Coreia do Norte no país, mas foi revogado após protestos e votação unânime no Parlamento.
  • O presidente pediu desculpas publicamente pela imposição da medida no dia 6/12.

Essa crise reflete uma situação de grande instabilidade política na Coreia do Sul, com o governo de Yoon Suk Yeol cada vez mais questionado, tanto por sua decisão autoritária quanto pela incapacidade de lidar com as tensões internas.

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Bruno Rigacci

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