Marinha lança vídeo institucional, questiona privilégios e manda recado a Haddad (veja o vídeo)

Neste domingo (1º), a Marinha do Brasil divulgou um vídeo que gerou grande repercussão e controvérsia. Com a intenção de destacar as peculiaridades da carreira militar, a instituição comparou a vida de um militar às experiências de cidadãos civis. O vídeo, que tem 1 minuto e 15 segundos, intercala imagens de militares em atividades intensas e extremas com cenas de civis em momentos de lazer, como festas e reuniões familiares. Ao final, a peça conclui com a frase provocativa: “Privilégios? Vem pra Marinha”.

A campanha visa ressaltar as diferenças entre as duas realidades e argumentar que a vida militar envolve sacrifícios e privações que não são vivenciadas pelos civis. O vídeo levanta questões sobre os desafios enfrentados pelos membros das Forças Armadas, destacando que a carreira exige um comprometimento e dedicação que muitas vezes contrastam com a flexibilidade da vida civil.

Mudanças nas Regras das Forças Armadas e Reações dos Militares

O vídeo surge em meio a debates sobre mudanças nas regras fiscais para os militares, que incluem, entre outras medidas, a definição de uma idade mínima de 55 anos para a passagem para a reserva, que entrará em vigor em 2032. Atualmente, os militares precisam cumprir 35 anos de serviço para se aposentarem. Com as novas regras, aqueles que não atingiram o tempo de serviço necessário terão de pagar um “pedágio” de 9% sobre o tempo restante.

Essas mudanças vêm sendo criticadas por membros das Forças Armadas, especialmente após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que anunciou um pacote de corte de gastos que inclui ajustes nas aposentadorias militares. Em suas palavras, Haddad afirmou que as mudanças seriam necessárias para promover mais “igualdade”, estabelecendo a idade mínima para a reserva e limitando a transferência de pensões.

Porém, integrantes das Forças Armadas, especialmente os militares sob reserva, criticaram as propostas, alegando que as mudanças foram feitas sem levar em conta as especificidades da carreira militar. Eles afirmam que os técnicos da equipe econômica não compreendem a dinâmica única da profissão, o que gerou desconforto e oposição entre as tropas.

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Bruno Rigacci

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