Cadeirada: Pablo Marçal recebe alta, e hospital divulga boletim

Na manhã desta segunda-feira (16), o empresário e candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), recebeu alta do Hospital Sírio-Libanês, onde foi internado após ser agredido com uma cadeira pelo apresentador e concorrente José Luiz Datena (PSDB) durante o debate da TV Cultura no domingo (15). Segundo o boletim médico divulgado pelo hospital, Marçal sofreu traumatismo na região do tórax à direita e no punho direito, mas sem maiores complicações.

O Episódio da Agressão

O incidente ocorreu durante o debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, quando Marçal chamou Datena de “arregão” e questionou sua postura no último debate, em que o apresentador teria ameaçado agredi-lo. Após a provocação, Datena, visivelmente irritado, levantou-se e golpeou Marçal com uma cadeira. A agressão atingiu a cabeça, tórax e costelas do empresário.

Imediatamente após o ataque, o debate foi interrompido por comerciais, e ao retornar, o moderador Leão Serva afirmou que o episódio foi “um dos eventos mais absurdos da história da televisão brasileira”. Datena foi expulso do evento, e Marçal também deixou o local, alegando estar se sentindo mal. A agenda de campanha do empresário foi suspensa após o ocorrido.

Situação de Saúde de Marçal

Depois de ser levado ao Hospital Sírio-Libanês, Marçal passou por exames que incluíram uma tomografia. O empresário foi diagnosticado com uma fratura na costela e teve o braço imobilizado. Além disso, sua equipe relatou que ele ficou com as mãos inchadas ao tentar se defender no momento do ataque.

Apesar de não haver previsão de alta durante a madrugada, Marçal foi liberado na manhã de segunda-feira. Em suas redes sociais, o candidato comentou a gravidade da lesão e recebeu apoio de seus seguidores, que expressaram solidariedade diante da violência sofrida.

Boletim de Ocorrência e Ações Legais

O advogado de Pablo Marçal, Tássio Renam, registrou um boletim de ocorrência no 78º Distrito Policial, categorizando o ataque como lesão corporal e injúria. Renam destacou que, além da agressão física, Datena também proferiu palavras ofensivas após a cadeirada, reforçando a necessidade de responsabilização.

“Nós tomamos as medidas necessárias para que o candidato Datena seja responsabilizado. Colocamos lesão corporal e injúria, porque ele proferiu algumas palavras desnecessárias depois de ter acertado [Marçal]”, explicou o advogado.

Antecedentes da Tensão

O confronto entre os dois candidatos não foi um incidente isolado. Já no primeiro bloco do debate, Pablo Marçal trouxe à tona uma antiga acusação de assédio sexual contra Datena, feita por uma ex-repórter do programa Brasil Urgente em 2019. Marçal questionou se o apresentador havia tocado as partes íntimas da vítima, referindo-se ao caso que, segundo Datena, foi arquivado após a acusadora se retratar publicamente.

Datena defendeu-se afirmando que o processo foi encerrado e que a acusação havia sido formalmente retirada em cartório. Contudo, a provocação de Marçal reacendeu a tensão entre os dois, culminando no ato violento.

Repercussão e Consequências

O ataque durante o debate gerou grande repercussão na mídia e nas redes sociais. Internautas, analistas políticos e eleitores discutiram as implicações do episódio, com muitos condenando a agressão física e questionando a aptidão de Datena para concorrer a um cargo público. A postura de Marçal também foi alvo de críticas, principalmente após as declarações do pastor Silas Malafaia, que acusou o empresário de “vitimização” e de ter provocado Datena intencionalmente.

As consequências legais do ataque ainda estão por vir, e o advogado de Marçal garantiu que o caso será levado à Justiça. Além disso, a agressão pode ter impactos nas campanhas eleitorais de ambos os candidatos. Enquanto Marçal busca consolidar sua imagem como vítima de violência política, Datena poderá enfrentar sanções eleitorais e judiciais que comprometam sua candidatura.

O episódio, embora lamentável, será decisivo para o rumo das eleições em São Paulo, com os eleitores atentos aos desdobramentos jurídicos e políticos deste caso.

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Bruno Rigacci

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