Ricardo Nunes culpa Marçal por perda de votos: “M da mentira”

O prefeito e candidato à reeleição em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), minimizou as divergências com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e justificou o aumento das intenções de voto em Pablo Marçal (PRTB), entre os apoiadores bolsonaristas, pelas “mentiras” que, segundo ele, seu adversário estaria disseminando.

Nunes mencionou que o atual cenário político está sendo fortemente influenciado pela desinformação, particularmente nas redes sociais, onde Marçal tem obtido grande alcance. O prefeito expressou preocupação com a capacidade de Marçal de espalhar informações falsas, o que, na sua visão, tem contribuído para o crescimento da popularidade do adversário entre os eleitores de Bolsonaro.

Segundo a última pesquisa do Datafolha, Marçal lidera com 48% das intenções de voto entre os apoiadores de Bolsonaro, enquanto Nunes aparece com 31%. Durante uma entrevista no programa Roda Viva, Nunes destacou sua participação no evento de 7 de Setembro ao lado de Bolsonaro e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele ressaltou que suas ações de governo têm muitas semelhanças com a gestão de Bolsonaro, especialmente no que diz respeito a valores como liberdade, Deus, família e transparência.

Nunes afirmou que, do ponto de vista das ideias e valores defendidos por Bolsonaro, ele não tem críticas ao ex-presidente, embora reconheça que podem existir algumas divergências pontuais, o que considera natural.

O prefeito também criticou a aparição de Marçal na manifestação de 7 de Setembro na Avenida Paulista, apontando que o adversário chegou ao final do evento para tirar fotos e fazer selfies, o que Nunes interpretou como uma falta de respeito à liderança de Bolsonaro.

Sobre a possibilidade de um segundo turno, Nunes destacou que sua rejeição nas pesquisas é uma das menores entre os candidatos, com apenas 21% dos eleitores afirmando que não votariam nele. Ele vê isso como uma vantagem significativa, especialmente para alguém que já está à frente da administração da cidade e, portanto, enfrenta a cobrança natural por problemas que surgem no dia a dia da gestão.

Essa análise reflete o cenário político atual em São Paulo, onde a disputa entre os candidatos está acirrada, com a influência de Bolsonaro sendo um fator decisivo no comportamento eleitoral dos paulistanos.

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Bruno Rigacci

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