‘Não existia alternativa de dizer não’, diz Tagliaferro sobre Moraes

Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, revelou que as ordens do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre as investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, tinham que ser cumpridas com rigor e sem possibilidade de recusa.

Tagliaferro se tornou alvo de investigações após o vazamento de mensagens do WhatsApp entre assessores de Moraes, o que gerou denúncias publicadas pela Folha de S.Paulo, sugerindo práticas questionáveis na condução de investigações judiciais. As mensagens indicam que Moraes teria utilizado métodos possivelmente ilegais para obter provas contra Bolsonaro e seus aliados.

Tagliaferro enfatizou que as instruções de Moraes precisavam ser cumpridas com rapidez e que o volume de trabalho era intenso, muitas vezes exigindo trabalho nos fins de semana e retornos emergenciais para Brasília. Ele também afirmou que as investigações se concentravam principalmente em alvos da direita, com poucas demandas relacionadas à esquerda.

Tagliaferro, agora preocupado com as consequências dessas revelações, teme ser preso, destacando que, na opinião de seu advogado, o inquérito aberto por Moraes poderia ter sido iniciado de maneira irregular. Ele expressou esperança de que não será detido, insistindo que não cometeu nenhuma irregularidade.

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Bruno Rigacci

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