Moraes liga mensagens vazadas a ‘organização’ que visa fechar STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), associou o vazamento de mensagens de seu gabinete à possível atuação de uma organização criminosa cujo objetivo seria desestabilizar as instituições republicanas, com o intuito de fechar a Suprema Corte e promover o “retorno da ditadura”. As declarações de Moraes foram feitas em um documento que iniciou as investigações sobre o caso na segunda-feira (19), sob um novo inquérito (número 4972), relacionado ao inquérito das fake news (4781), também conduzido por ele.

De acordo com Moraes, o vazamento e a divulgação das mensagens entre servidores de tribunais são indícios da atuação dessa organização, que, segundo ele, busca desestabilizar o Poder Judiciário e a Democracia no Brasil. O vazamento das mensagens, publicado pela Folha de S.Paulo, revelou que Moraes teria utilizado informalmente a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar suas investigações contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF.

Como parte das investigações, Moraes determinou que Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da AEED, preste depoimento à Polícia Federal. Tagliaferro foi demitido em maio de 2023, após ser preso sob acusação de violência doméstica. Ele é apontado como um dos interlocutores nas mensagens vazadas, junto com o juiz instrutor de Moraes no STF, Airton Vieira, e o juiz auxiliar na presidência do TSE, Marco Antônio Vargas.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies