Internautas criticam reação da imprensa sobre memes do Taxad
Nos últimos dias, a figura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem sido alvo de uma série de memes nas redes sociais, onde ele foi apelidado de “Taxad” ou “Taxadd”. Essa brincadeira surgiu em resposta aos recentes aumentos de tributação promovidos pelo governo federal.
Durante o programa Estúdio i, da GloboNews, o jornalista Valdo Cruz criticou esses memes, argumentando que é necessário regulamentar as redes sociais para evitar que tais brincadeiras se transformem em campanhas de desmoralização contra figuras públicas. Ele destacou que a quantidade de memes postados sugere uma ação coordenada e profissional.
Essa opinião gerou reações diversas entre os internautas. Muitos interpretaram a posição do jornalista como um apoio da grande imprensa ao governo na tentativa de regulamentar as redes sociais. Comentários como “Querem censurar os memes, ainda falam que isso não é ditadura” e “O governo não tem medo da mentira, ele tem medo da verdade” foram comuns.
Além das críticas à GloboNews, usuários das redes sociais lembraram que durante o governo de Jair Bolsonaro, muitos memes foram criados sem que houvesse qualquer tentativa de censura ou repressão por parte do então presidente.
No entanto, uma pesquisa da plataforma Buzzmonitor, especializada em monitoramento de redes sociais, revelou que os memes sobre Haddad não são ataques coordenados, mas sim manifestações espontâneas que ganharam grande proporção. Segundo o levantamento, as menções ao apelido “Taxadd” começaram no início de 2024 e cresceram rapidamente, sendo feitas por usuários reais e não por perfis falsos ou robôs.
Essa situação ilustra o poder das redes sociais na formação de opinião pública e levanta questões sobre os limites da liberdade de expressão e a necessidade de regulamentação para evitar abusos.
