Senador critica alegações de golpe e destaca liderança improvável em atos de vandalismo

O senador Magno Malta (PL-ES) expressou sua indignação com as mensagens dos parlamentares que insistem em afirmar que os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro seriam uma tentativa de golpe de Estado. Durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) realizada nesta terça-feira (27), parlamentares governistas afirmaram repetidamente que o Exército e o ex-presidente Jair Bolsonaro tinham a intenção de assumir o poder.

No entanto, Malta criticou a falta de uma liderança política ou militar nos referidos atos e ironicamente apontou que, caso fosse realmente um golpe de Estado, a presidente do país não seria Jair Bolsonaro, mas sim a Irmã Ilda. Essa senhora ficou conhecida por orar e pregar o Evangelho na porta do Quartel-General do Exército durante as manifestações que se iniciaram em outubro.

De forma sarcástica, Malta declarou que, se o golpe tivesse ocorrido, a Irmã Ilda seria a presidente da República, pois Jair Bolsonaro não estaria mais no poder. O senador já havia reconhecido a importância da Irmã Ilda ao homenageá-la no Dia Internacional da Mulher. Ela é frequentemente vista em fotos e vídeos, sempre com sua Bíblia em mãos, orando pelo Brasil e compartilhando sua fé com os patriotas que protestaram por mais de 60 dias.

Durante a sessão, os parlamentares ouviram o depoimento do coronel do Exército Jean Lawand Junior, que teve conversas com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e que foi preso devido a uma investigação relacionada à carteira de vacinação do ex-presidente.

Nas conversas apresentadas, Lawand e Cid discutiram o resultado das eleições de outubro e as manifestações que se formaram em frente aos Quartéis-Gerais do Exército. É importante ressaltar que essas conversas ocorreram antes dos eventos ocorridos em 8 de janeiro.

O posicionamento do senador Magno Malta destaca a sua percepção sobre a falta de uma liderança clara nos atos de vandalismo e contesta as alegações de golpe de Estado. Malta ressalta a presença marcante da Irmã Ilda, uma figura religiosa, como uma liderança improvável caso o objetivo real fosse derrubar o governo.

Enquanto a CPMI avança em suas investigações, as discussões políticas em torno dos eventos de janeiro continuam acirradas, com diferentes interpretações e narrativas sobre o ocorrido. O desenrolar desses acontecimentos ainda está por vir, e é preciso aguardar os desdobramentos das investigações e as decisões tomadas pelas instâncias competentes para se obter uma compreensão completa dos fatos ocorridos naquela data.

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Bruno Rigacci

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