Perseguições e Sigilo: Bolsonaro Critica Atuação do STF no País

Na terça-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusando a corte de operar “em sigilo” e exercer “controle sobre o país”. Durante entrevista no programa Show da Manhã, Bolsonaro questionou a legitimidade do processo que o envolve e afirmou que sua presença em depoimentos na Suprema Corte seria inútil, pois, segundo ele, “já está pronta a sentença”.

O ex-presidente também abordou a possibilidade de enfrentar uma pena de até 28 anos de prisão em conexão com os atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes em Brasília, que ocorreram no dia 8 de janeiro de 2023. Ele destacou que, na ocasião, estava fora do país e refutou qualquer envolvimento nos eventos, insistindo que não há razão para que fosse responsabilizado.

Em sua fala, Bolsonaro mencionou o debate sobre a “minuta de golpe” que circulou entre alguns de seus apoiadores, argumentando que a discussão sobre dispositivos constitucionais não é ilegal e que, até o momento, nada concreto havia sido implementado nesse sentido.

Outro ponto abordado pelo ex-presidente foi o que ele considerou como uma “perseguição” por parte do STF durante seu mandato. Bolsonaro ressaltou que a corte abriu inquéritos que, segundo ele, visavam desestabilizar seu governo, gerando um clima de incerteza e insegurança jurídica.

Além disso, o político se posicionou sobre uma possível candidatura futura, afirmando que, caso decidisse se lançar novamente ao cargo de presidente, teria a capacidade de lidar com os problemas políticos do país com o apoio popular e a formação de um Congresso robusto, sem intenções de perseguir qualquer pessoa.

A fala de Bolsonaro veio em um momento tenso do cenário político brasileiro, com discussões acirradas sobre a atuação do STF, as investigações em andamento sobre os acontecimentos de 8 de janeiro e as especulações sobre o futuro político do ex-presidente. A relação entre Bolsonaro e a Suprema Corte segue sendo um dos principais pontos de tensão na política nacional.

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Bruno Rigacci

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