Antes de recesso, Moraes aciona a PGR com rara e estranha rapidez
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu retirar o sigilo do relatório da Polícia Federal (PF), que na semana passada indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas, acusadas de envolvimento em um suposto golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Na mesma decisão, Moraes enviou o relatório à Procuradoria-Geral da República (PGR), que agora ficará responsável por decidir se o ex-presidente e os outros acusados serão denunciados ao Supremo Tribunal Federal pelos crimes imputados pela PF.
O ministro tem agido com uma rapidez considerada inusitada, especialmente considerando que o recesso de fim de ano do STF começa em 19 de dezembro e vai até 1° de fevereiro de 2025. Isso gerou questionamentos sobre a motivação e o timing dessa ação.
A situação tem gerado um clima de tensão, e muitos veem a rapidez dos procedimentos como parte de um esforço para envolver Jair Bolsonaro em qualquer narrativa que possa resultar em sua prisão. Há uma percepção crescente de que o “sistema” está tentando, a todo custo, encontrar um meio de incriminar o ex-presidente.