O requerimento foi entregue pela presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), e pelo líder do partido na Câmara, deputado federal Odair Cunha (PT-MG). Em nota oficial, o PT considerou que a continuidade da tramitação do projeto seria “inoportuna” e “inconveniente” para a democracia.
A nota destaca ainda que, após os recentes acontecimentos, como o atentado a bomba contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília e as conclusões da Polícia Federal no inquérito sobre os atos de janeiro, que revelaram planos de assassinato contra o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre Moraes, manter a proposta de anistia seria um erro. “A gravíssima trama criminosa dos chefes do golpe, que poderiam ser beneficiados pela anistia, e a perspectiva de perdão ou impunidade têm incentivado indivíduos ou grupos extremistas de direita”, afirmaram os deputados na nota.
Além disso, como era esperado, o caso tem sido utilizado em narrativas políticas, principalmente para tentar enfraquecer o movimento por uma anistia e desviar a atenção da crescente possibilidade de impeachment do ministro Alexandre Moraes, algo que vinha ganhando força no Congresso.