Delegados da PF criticam governo Lula por cortes orçamentários

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) publicou uma carta aberta criticando o governo federal por cortes no orçamento da Polícia Federal (PF) para 2025 e por falta de investimentos que comprometeriam a eficiência e autonomia da instituição. As críticas também se estendem à PEC da Segurança Pública, proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Principais Pontos da Carta:

  1. Cortes no Orçamento:
    • A ADPF alertou que os cortes orçamentários colocam em risco operações fundamentais para combater o crime organizado e a corrupção.
    • A entidade destacou a falta de investimentos contínuos como um fator que enfraquece a capacidade operacional da PF.
  2. Fim do Sobreaviso Remunerado:
    • A associação ressaltou que a extinção desse benefício afeta a prontidão dos delegados, prejudicando a eficácia nas investigações.
  3. Críticas à PEC da Segurança Pública:
    • Segundo a ADPF, a proposta foi elaborada sem diálogo com as forças de segurança e não enfrenta os desafios estruturais enfrentados pela PF.
    • A PEC ampliaria o escopo de atuação da Polícia Federal para combater crimes ambientais, milícias e organizações criminosas, mas, segundo a entidade, não apresenta recursos para viabilizar essas novas responsabilidades.
  4. Impactos na Segurança Pública:
    • A associação questiona quem se beneficia do enfraquecimento da Polícia Federal, indicando que essas ações prejudicam a segurança nacional e o enfrentamento à criminalidade.

Reações Políticas e Contexto:

O governo Lula tem enfrentado críticas de setores ligados à segurança pública, incluindo a oposição, que vê nas ações uma tentativa de enfraquecer a autonomia das instituições. A PEC da Segurança Pública, apesar de propor atualizações no escopo de atuação da PF, foi considerada pela ADPF uma iniciativa mais política do que técnica.

Essa situação reflete um cenário de tensão entre o governo federal e instituições de segurança, com impactos diretos no combate ao crime organizado e à corrupção no Brasil.

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Bruno Rigacci

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