URGENTE: Mais um caso de assédio derruba membro do Governo Lula
Antônio Cícero Santana da Silva Apurinã, coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Médio Rio Purus, foi exonerado pelo Ministério da Saúde após denúncias de assédio sexual feitas por servidoras que trabalhavam sob sua supervisão. Apurinã, que ocupava o cargo desde fevereiro de 2023, teria feito propostas indevidas e ameaçado transferir ou demitir funcionárias que se recusassem a atender suas investidas. A exoneração ocorreu em 11 de setembro, em meio a investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF), com casos envolvendo pelo menos quatro vítimas.
O Dsei Médio Rio Purus, localizado em Lábrea, no Amazonas, atende mais de 12 mil indígenas distribuídos em 128 aldeias. As vítimas, que permaneceram anônimas por medo de retaliações, relataram que durante as viagens de trabalho, Apurinã usava o ambiente isolado para facilitar as abordagens. Uma funcionária mencionou que, a bordo de um barco usado para missões de longa duração, era frequentemente chamada para encontros privados, onde o coordenador fazia elogios impróprios e tentava contato físico. Além disso, o acusado teria feito comentários inapropriados com indígenas, sugerindo que teria relações sexuais com a funcionária.
As investigações já estão em andamento, conduzidas pela Polícia Federal de Rondônia, e a Câmara Municipal de Lábrea também iniciou apurações sobre o caso. O Ministério da Saúde afirmou que está colaborando com as investigações para que os fatos sejam esclarecidos.
Este não é o primeiro caso de assédio sexual registrado em órgãos do governo Lula. Em um episódio anterior, Silvio Almeida foi demitido do Ministério dos Direitos Humanos após também ser acusado de assédio sexual. Esses casos chamam atenção para a necessidade de políticas rigorosas de combate ao assédio dentro das estruturas governamentais e de proteção às vítimas.