Rock in Rio: Performance de Luísa Sonza atrai enxurrada de críticas

Neste domingo, 22 de setembro, a cantora Luísa Sonza gerou grande polêmica ao se apresentar no Palco Mundo, durante o Rock in Rio. Durante a performance da canção “Cama de Morango”, a artista encenou em uma cama manchada de sangue, em meio a uma coreografia carregada de simbolismos e expressões grotescas. O espetáculo não foi bem recebido por muitos, gerando uma avalanche de críticas nas redes sociais, especialmente após o vídeo da apresentação ser divulgado no Instagram do Multishow.

Reações Negativas nas Redes Sociais

O principal ponto de crítica foi a encenação envolvendo sangue, que muitos consideraram apelativa e desnecessária. Um dos comentários mais replicados nas redes sociais apontou para a falta de talento e criatividade na apresentação: “Precisam desse ‘espetáculo’ pra chamar atenção, porque voz e talento é zero”, escreveu um internauta.

Outro usuário destacou que não é necessário seguir uma religião para achar a performance exagerada: “Não precisa ser evangélico ou crente pra achar a cena bizarra e desnecessária. Se ela é essa artista que tanto falam, poderia ter mais criatividade e não se preocupar em escandalizar para impactar as pessoas de uma forma negativa.”

Impacto Negativo em Temas Sensíveis

Além das críticas mais generalizadas sobre a falta de originalidade, diversos comentários expressaram preocupação com o impacto que a encenação pode ter em tempos de luta contra a violência de gênero. A apresentação, segundo alguns internautas, poderia ser mal interpretada e até mesmo acionar “gatilhos” psicológicos em vítimas de violência.

– “Não estou acreditando que estão sugerindo sangue na cama. Em tempos tão difíceis para as mulheres, feminicídios, agressões… Encenação mais violenta do que sexy”, desabafou uma internauta.

Outro comentário foi mais longe, sugerindo que a performance evocava uma situação de estupro coletivo: “Me remeteu a um estupro coletivo, esse monte de ‘sangue’. Que coisa perturbadora.”

Reflexões sobre Arte e Limites

A discussão nas redes sociais também trouxe à tona reflexões sobre os limites da arte e a responsabilidade dos artistas. Muitos usuários questionaram a validade de uma performance que, para eles, não só choca, mas também pode reviver traumas e situações dolorosas para parte do público.

Uma crítica comum entre os comentários foi que a apresentação foi considerada mais uma tentativa de chamar atenção do que uma verdadeira expressão artística. “Isso não é arte e nem artista, isso é apelação, falta de criatividade e talento!!”, escreveu uma usuária, em comparação a artistas como Adele, que, segundo ela, “canta com classe” e “não precisa de apelação para ser reconhecida.”

A Relevância e as Consequências

Luísa Sonza, conhecida por suas performances provocativas, já foi alvo de críticas anteriormente, mas essa apresentação parece ter tocado em questões particularmente sensíveis. A encenação de “Cama de Morango”, com sangue e simbolismos violentos, surge em um contexto em que as discussões sobre feminicídio, abuso sexual e violência contra a mulher estão em evidência.

Para algumas pessoas, a apresentação foi um desserviço nesse momento delicado, enquanto outros viram como uma provocação artística que, embora arriscada, busca romper barreiras e gerar reflexão.

Em contrapartida, houve também aqueles que defenderam a artista, argumentando que a arte é livre e, às vezes, provocativa, trazendo à tona assuntos complexos. No entanto, a maior parte das reações visíveis nas redes sociais foi negativa, com críticas ao tom “perturbador” da encenação.

O Futuro da Repercussão

A performance de Luísa Sonza no Rock in Rio já está sendo amplamente discutida nas redes sociais e na imprensa. Ainda que as críticas sejam intensas, a artista segue polarizando opiniões. A recepção negativa pode gerar reflexões sobre o tipo de mensagem que ela pretende passar com suas apresentações no futuro, especialmente em um cenário tão público e global como o Rock in Rio.

Para o público, permanece a dúvida sobre até que ponto performances provocativas são válidas e quando elas cruzam a linha entre a expressão artística e o sensacionalismo.

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Bruno Rigacci

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