Abrint explica como X driblou bloqueio e ficou ativo no Brasil

Nesta quarta-feira (18), a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) divulgou um comunicado sobre o retorno temporário da rede social X para alguns usuários no Brasil. O desbloqueio parcial ocorreu após uma atualização no aplicativo que dificultou o bloqueio imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Usuários relataram o acesso à plataforma sem o uso de VPNs, surpreendendo a todos, visto que a rede social, anteriormente conhecida como Twitter e agora pertencente a Elon Musk, está bloqueada desde o final de agosto por decisão do ministro Alexandre de Moraes. O bloqueio foi consequência do não cumprimento de ordens judiciais, incluindo a nomeação de um representante legal no país.

A Abrint esclareceu que uma atualização do X, ocorrida aproximadamente 15 horas antes do comunicado, alterou a estrutura da plataforma ao integrar o serviço de proxy reverso Cloudflare. Isso dificulta o bloqueio, uma vez que o sistema passa a usar endereços IP dinâmicos, compartilhados com outros serviços essenciais, como bancos e grandes plataformas digitais. Dessa forma, impedir o acesso ao X sem afetar outros serviços se torna praticamente impossível.

A Anatel, órgão responsável por fiscalizar o bloqueio, informou que o incidente está sendo investigado pelo STF e que qualquer decisão sobre a continuidade do bloqueio ou novas instruções será emitida em breve. Enquanto isso, provedores de internet aguardam orientações técnicas para lidar com a situação sem impactar outros serviços legítimos que utilizam a mesma infraestrutura do Cloudflare.

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Bruno Rigacci

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