Glenn: “Já passou da hora de ex-assessor de Bolsonaro ser solto”
O jornalista Glenn Greenwald defendeu que o ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins, está preso com base em alegações falsas. Martins é investigado no âmbito de um inquérito sobre um suposto planejamento de golpe de Estado. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou sua detenção preventiva após uma reportagem do Metrópoles alegar que Martins teria deixado o país em dezembro. Mesmo após o veículo admitir que se tratava de fake news, o magistrado se recusa a libertá-lo da prisão.
Greenwald destaca que Martins permanece encarcerado por quase seis meses, sem ter sido condenado ou formalmente acusado de qualquer crime. A prisão sem julgamento justo é considerada uma das ações mais graves que um Estado pode cometer. Embora seja uma medida excepcional, a prisão preventiva se justifica para prevenir situações que possam colocar em risco um resultado judicial justo, como obstrução de investigação ou alto risco de fuga do país.
O jornalista aponta um conjunto robusto de evidências que comprovam que Martins esteve no Brasil o tempo todo. Recibos do iFood, Uber, geolocalização do celular e confirmação da Latam de que ele viajou para Curitiba em dezembro de 2022 são algumas dessas evidências. A Procuradoria Geral da República (PGR) recomendou duas vezes a libertação de Martins, mas Moraes rejeitou o pedido de soltura, mantendo-o preso sob condições severas.
Greenwald enfatiza que qualquer cidadão deve ser punido apenas se comprovado, por meio de um julgamento justo, que cometeu algum crime. A situação de Martins revela falhas no sistema judicial e reforça a necessidade de revisão imediata de sua prisão preventiva .