Yanomami: Folha cita mortes e Estadão aponta fracasso de Lula
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido duramente criticado por sua ineficácia em proteger os indígenas da etnia Yanomami. Um editorial publicado nesta sexta-feira (23) pelo jornal O Estado de S. Paulo denuncia o “fracasso” do governo na gestão da crise humanitária que assola o povo Yanomami.
Dados alarmantes:
O Estadão destaca que o Ministério da Saúde registrou 363 mortes de indígenas Yanomamis em 2023, um número superior ao de 2022, quando foram contabilizadas 343 mortes. O editorial argumenta que “não há justificativa aceitável para que a crise humanitária que atinge o povo Yanomami esteja maior, e não menor, do que um ano atrás”.
Críticas à gestão do governo:
O texto critica o governo por não apresentar medidas eficazes para solucionar os problemas que afetam os Yanomamis, como a desnutrição, a falta de acesso à saúde básica e a invasão de garimpeiros em terras indígenas. O Estadão afirma que “o governo Lula fracassou até agora na tentativa de salvar os indígenas da emergência sanitária” e que “não há qualquer indício de que os erros cometidos até aqui estejam sendo corrigidos de fato”.
Subnotificação e desafios:
A Folha de S. Paulo, em reportagem publicada na quarta-feira (21), também abordou a alta mortalidade entre os Yanomamis. O jornal pondera que a comparação entre os dados de 2022 e 2023 pode ser distorcida pela subnotificação de casos no ano passado, durante o governo Jair Bolsonaro. A emergência de saúde pública decretada em janeiro de 2023 teria levado a um aumento na identificação de casos.
Falta de medidas eficazes:
Apesar do reconhecimento da gravidade da situação, as medidas tomadas pelo governo até o momento parecem insuficientes para conter a crise. A falta de um plano concreto e de ações efetivas para proteger os Yanomamis gera apreensão e coloca em xeque o compromisso do governo com a defesa dos direitos dos povos indígenas.