Professor de economia Elias Jabbour defende pena de morte para dissidentes do socialismo

Política Nacional

Em uma entrevista polêmica ao podcast Inteligência Ltda, conduzido pelo humorista Rogério Vilela, o professor de economia Elias Jabbour, que recentemente se afastou da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) para assessorar Dilma Rousseff na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), defendeu a aplicação da pena de morte para aqueles que discordam do socialismo.

Durante a entrevista, Jabbour argumentou que a pena de morte deveria ser aplicada aos indivíduos que estivessem “a serviço de potências estrangeiras” e que os Estados revolucionários não deveriam permitir a “subversão ao sistema”, pois isso poderia levar a experiência socialista “ao buraco”.

Questionado por Vilela se isso significaria matar as pessoas, Jabbour respondeu que não se trata de matar indiscriminadamente, mas sim de aplicar a lei. Ele justificou sua posição afirmando que no capitalismo apenas os pobres morrem, enquanto no socialismo os pobres que morrem são aqueles a serviço de potências estrangeiras.

A declaração provocou uma reação imediata nas redes sociais e entre diversos setores da sociedade. Muitos criticaram a postura do professor, destacando que a pena de morte é uma violação dos direitos humanos fundamentais e que o respeito à liberdade de expressão e ao pluralismo de ideias são princípios essenciais em uma sociedade democrática.

Em relação ao governo Bolsonaro, Jabbour afirmou na entrevista que os opositores não deveriam ser submetidos à pena de morte, pois seriam considerados heróis. Ele argumentou que o governo brasileiro é reacionário e, portanto, opositores a ele mereceriam um tratamento diferente.

Além disso, Jabbour receberá o Special Book Award of China, o principal prêmio literário chinês para estrangeiros, pelo seu livro “China: O Socialismo do Século XXI”, escrito em parceria com Alberto Gabriele. A premiação reconhece a produção intelectual do autor e destaca as supostas vantagens do “socialismo com características chinesas”, abordando as reformas ocorridas no país asiático desde a abertura política e econômica em 1978.

As declarações do professor Elias Jabbour geraram um intenso debate sobre os limites do pluralismo de ideias, a liberdade de expressão e os princípios democráticos. Enquanto alguns criticam sua defesa da pena de morte para dissidentes do socialismo, outros destacam a importância de garantir um ambiente de diálogo e respeito às divergências de opinião na sociedade.

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